Lágrimas Revoltosas (da Ria Formosa)

APRESENTAÇÃO
Estas palavras sentidas e romanceadas, que são parte das memórias de infância e que alguns desconhecedores poderão insinuar que pecam por exagero, quando o exagero está no esconder da miséria construída e, porque os factos é que levam à Literatura, recuperam as histórias de vida de gente boa e simples, que nunca virou a cara às dificuldades. No olhar de adulto e tendo reconstruído algumas das vivências presenciadas, em que muitos conseguimos encontrar melhores rumos, mais me tocam as lágrimas que secavam nas faces, o doce, o brinquedo ou a volta no carrocel que eram negados por razões que se prendiam não só com os tostões e os sentimentos, mas pela perseverança de que o trabalho e a fé nas mudanças sociais iria produzir melhor futuro para os mais novos. O que mais me agrada constatar é que tudo isso aconteceu para muitos e bem-haja os que acreditaram, não desistiram e fizeram as mudanças. As pessoas são sempre mais fortes que os regimes

AUTOR
Luís Alexandre nasceu no calor de 1953, tem um longo percurso de intervenção política e social, desde os bancos do Liceu de Faro, desempenhou várias funções políticas, escreveu ensaios em vários órgãos de imprensa, é comerciante, desempenha atualmente as funções de presidente da ACOSAL – Associação de Comerciantes e Serviços de Albufeira e é presidente da associação política FÓRUM ALBUFEIRA. Em Janeiro de 2013 publicou o livro de ensaios; Albufeira: do delírio à agonia; e, em Abril, Faro: a serpente de duas cabeças comeu as maçãs. Ainda em finais de 2013, com o seu primeiro romance, “Da Mala de Cartão ao Canudo”, uma história verídica e imaginada, ganhou o Prémio Literário Manuel Teixeira Gomes. Em 2017 voltou a publicar um novo romance-ensaio, “Aquela Manhã de Abril”, trazendo à luz do conhecimento das novas gerações a parte final dos anos da luta antifascista e os meses seguintes ao golpe militar até à queda do presidente Spínola.

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